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Jesus, Costeado ou Rui Vieira, Nené, Miguel e Heitor; Adão, Nascimento, Carvalho, Ademir Alcântara, Paulinho Cascavel e Roldão.
Veio como ala direito.
Ainda agora estive com ele no Brasil.
Ele é sócio de construção com o e vê bem as coisas, estão a construir um centro comercial chamado Vitória.
E eu a perguntar-lhe ‘foste para o Benfica, porra’.
Ele não era veloz, mas guardava a bola como ninguém.
Tinha uma passada larga, era bom finalizador, qualidade de passe, top de drible.
Grande atleta, grande profissional, excelente pessoa, excelente colega, um ser humano incrível.
Já não me lembrava dele há uns anos, mas é bom recordá-los.
Tenho uma história com o.
Há um jogo em que fico a 17.
º jogador e ele foi substituído ao intervalo.
Estava pior que estragado e quis sair do estádio.
Fomos ver a segunda parte na casa dele, com amendoins e uma cervejinha.
Tinha uma velocidade estonteante, fazia valer o seu jogo pela capacidade de finalização, potência de remate, muito dedicado ao trabalho, mas um pouco maluco, esse gajo.
Mais senhor, mais diplomata.
Pedia-me sempre para ficar no fim dos treinos, quase todos os dias.
Ele treinava a técnica de cabeceamento.
Bola aérea na área era o cargo dos trabalhos para os centrais, qualquer um.
O Paulinho elevava-se bem, escondia-se bem atrás dos centrais.
Não tinha velocidade nem drible, ele tinha era a técnica específica do lugar.
Pequenos deslocamentos em diagonal, desmarcações primorosas, ele era muito interessante.
O senhor Morais, a gente tratava-o assim, era uma pessoa muito rigorosa, sentia-se muito a organização, o treino era muito organizado.
O Marinho era mais aberto, mais ligado, mais de grupos.
Dois grandes líderes, com lideranças diferentes.
O Marinho era capaz de passar em minha casa, na altura já vivia com o, que veio do Barreirense.
‘Desce, Castro', dizia-me o Marinho.
E eu, com 22 anos, descia e ouvia-o a desabafar sobre a vida.
Depois, o Marinho gostava de organizar um churrasco todos os meses para toda a equipa.
Autuori era novíssimo.
Uma pessoa muito competente, com uma boa relação com os jogadores e bons princípios de vida.
Como o senhor Pina de Morais, que contava as suas histórias.
Do Pelé, do Cruijff, do António, da Zulmira, da Ana, do Jorge.
Era um apaixonado pela bola.
Se as coisas estivessem calmas, ele arranjava maneira de agitar.
Em Groningen, numa eliminatória europeia, estava tudo tranquilo e ele, de repente, começa a dizer que o tinham agredido no túnel de acesso aos balneários.
Eu vinha atrás dele e não tinha acontecido nada.
Nada mesmo.
Arranjou uma confusão e motivou-nos para a segunda mão.
N’Dinga, Basaúla, depois jogo com ele em Elvas, e o.
Aparecem com um agente chamado Valter Ferreira.
Driblador, um crânio, classe, visão periférica fantástica.
Só hoje é que os entendo, só hoje é que os percebo como jogadores.
Vivia ao lado deles e não entendia o porquê de eles jogarem, e eu não.
Já olho o jogo de outra forma.
Uma potência de remate, fazia hoje um Hulk.
O N’Dinga, um Vitinha, João Neves.
O Basaúla, um quê? Não consigo comparar, era um jogador muito específico: acelerava e travava com uma facilidade assombrosa, metia para dentro, ia para fora.
Dos três, o N’Dinga era o mais constante.
Estava a dizer isso mesmo aos meus jogadores há dias.
Um jogo bom, todos fazem.
Dois, também.
Três, também.
Agora uma época inteira.
.
.
O N’Dinga fazia.
É de uma terra chamada Laranjal Pequeno e agora é prefeito.
O dava-lhe com o peito do pé e a bola fazia uns esses.
Fraco, ahahahah.
Às vezes, ia a central, mas não era alto.
Era muito agressivo e cruzava bem.
A minha relação com a linha final era boa, porque ela não se mexia.
É uma ajuda boa a quem não tem muita inteligência de jogo.
E eu não a tinha.
Rui Vieira, Heitor, Costeado e eu.
Era o pior deles.
No final do primeiro ano, pedi para sair.
Disseram-me que não, ‘não jogava, mas treinava bem’.
Fiquei.
Umas pessoas que pensavam o futebol com os pés.
Nem sei quem foram essas pessoas e não quero atingi-las, mas isso não se faz ao futebol.
Fui expulso na estreia, com o Penafiel.
Uns 40 graus.
Adoro Elvas.
Que experiência.
Que experiência enriquecedora.
Nunca mais me esquecerei da época seguinte, na 2ª, com Mourinho Félix e, depois, o Carlos Cardoso.
Há um jogo engraçado no José Alvalade em que somos eliminados da Taça por.
Ao intervalo, já há cinco e digo ao mister Carlos Cardoso que não me estou a sentir bem.
A resposta dele ainda hoje me faz rir: ‘Nem pensar, agora vais jogar para completar toda a merda que fizeste na primeira parte’.
E lá fui eu.
Isso mesmo.
Quando entrou o Silvinho, ele veio ter comigo e disse-me ‘babaca, vou expulsar você’.
E expulsou.
Fiz penálti e levei segundo amarelo.
Só que o Paulinho Cascavel falhou o penálti e segurámos.
Mas eu batia muito e, nessa tarde com o Sporting, estava a bater em toda a gente.
Um dia, estou eu a treinar o Botafogo e aparece-me o Mozer para uma visita.
Estamos a conversar na boa e pergunto-lhe ‘quem fez essa cicatriz? atravessa-te o braço todo?’.
E ele, ‘porra, foi num jogo em Elvas, pisaram-me num pontapé de canto.
’ E eu, ‘pois, fui eu’.
O que é que acontece ali? Acontece o que é normal quando as equipas pequenas recebem os grandes.
É a