A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar as causas do incêndio florestal que atingiu a região do Parque Nacional de Brasília, conhecido como Parque da Água Mineral.

O Parque Nacional de Brasília é uma unidade de conservação federal, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

O ICMBio informou que o incêndio teve início no limite do parque e da Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República.

A estimativa é que 700 hectares foram atingidos.

A informação foi confirmada pelo diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire.

Segundo Freire, as investigações já estão em andamento e o objetivo é que 'sejam realizadas todas as diligências possíveis' ainda neste domingo.

O presidente do ICMBio, Mauro Pires, afirmou que o fogo teve início de forma intencional, sinalizando que a causa do incêndio pode ter sido criminosa.

O combate às chamas conta com o apoio do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e outras equipes especializadas.

Até a última atualização desta reportagem, a operação ainda continuava.

O presidente Lula e a primeira-dama sobrevoaram as áreas atingidas pelo fogo na região do Parque da Água Mineral.

Em publicação nas redes sociais, Lula afirmou que o governo federal estava 'atuando junto com o Corpo de Bombeiros do DF para ajudar no combate às chamas'.

O presidente também informou que, nesta segunda-feira, reunirá a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e membros do governo para discutir ações de combate às queimadas que atingem diversos biomas do país.

O Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Parque da Água Mineral, foi criado em novembro de 1961, pouco depois da inauguração da nova capital.

Com uma área de 42 mil hectares, ele abrange as regiões de Sobradinho e Brazlândia, no DF, e o município goiano de Padre Bernardo, no Entorno.

A unidade de conservação surgiu da necessidade de proteger os rios que abastecem a capital — o local abriga as bacias dos córregos que formam a represa Santa Maria, responsável pelo fornecimento de 25% da água potável que abastece o Distrito Federal — além de manter o Cerrado preservado.